No lançamento do Novo Uno, no início de maio a Fiat exibiu aos jornalistas o protótipo Ecology. Quase um mês depois o modelo foi exposto no Challenge Bibendum, evento sobre tecnologias sustentaveis para o transporte, onde o conheci de perto. A já se sabia que este protótipo mostrava tecnologias que visavam a economia de combustível, mas não haviam contado tudo.
O motor usado é o 1.0 EVO, mas calibrado para rodar apenas com etanol. Peças plásticas da carroceria e do interior têm bagaço de cana em sua composição, o que reduziu o peso das peças em cerca de 8%. O aspecto que passa é interessante, parece que é tudo feito de Eucatex ou papelão, sendo resistente.
Os bancos usam fibra de côco e látex na composição, sendo permeável ao ar, anti-fungo, reciclável e biodegradável. O uso desses componentes naturais fez evitar o uso de 7 quilos de poliuretano (substância derivada do petróleo) no veículo. A revestimento dos bancos ainda consomem 30 garrafas PET. No total, foram 16,5 quilos de material renovável aplicados no protótipo.
Em tecnologia, o conceito traz um teto solar fotovoltaico, que auxilia na carga da bateria, reduzindo a necessidade de geração de energia por parte do motor e, conseqüentemente, economizando combustível. Os vidros trazem uma película anti Infra-Vermelho, que permite que o ar condicionado seja acionado em menor intensidade, por causa da irradiação do calor no interior ser dificultada, o que reduz em até 1% em consumo de combustível em relação à utilização do ar condicionado em máxima potência.
O motor também é dotado do sistema Start-stop, que desliga o motor quando o carro para num semáforo e religa automaticamente o motor quando o pedal da embreagem for acionado, tendo uma economia de 5%. Há também o sistema TPMS (Tire Pressure Monitoring System) que informa ao motorista, através de um sinal luminoso, se há algum pneu com pressão abaixo do especificado, auxiliando no baixo consumo do veículo. O econômetro, de série na versão Vivace, também ajuda o motorista a economizar.