A primeira picape média da Volkswagen já começou a chegar às concessionárias. Se trata da Amarok, recém lançada na Argentina, de onde sairá para ser vendida no resto do mundo. Fruto de um longo desenvolvimento que durou 5 anos, ela faz jus a tamanha demora.
A Amarok
A Volkswagen Amarok desembarca no Brasil, primeiro em sua versão mais cara, a Highline. Mas até o final do ano novas versões chegarão (falarei delas depois). Esta versão Highline está equipada com um moderno motor 2.0 16v TDI, Diesel, com 2 turbos sequenciais e injeção common rail. O câmbio é manual de 6 marchas e a tração, 4x4 não permanente (4Motion).
Moderno, esse motor tem o melhor aproveitamento do segmento: 163cv a 4000rpm(a mesma potência da Hilux, que motor 3.0) e torque máximo de 40,7 kgfm a apenas 1.500rpm (o torque que está disponível mas cedo no segmento). Ela vai de 0 a 100km/h em 11,1 segundos e chega à máxima de 181km/h. Segundo a Volks, em uso misto ela tem consumo de 13,1 km/l (4x2).
De série a versão traz: airbag duplo, bloqueios eletrônicos dos diferenciais (EDS), controle de tração (ASR), Hill Hold Assist, que aciona os freios automaticamente em descidas, sistema de freios ABS adaptados a condições de off-road (onde o ABS normal costuma falhar), retrovisores parcialmente cromados, ar condicionado automático (Climatronic), sistema de som com visor touch screen e CD-Changer para 6 discos, revestimento dos bancos em couro e rodas de liga leve de 18 polegadas são de série. Controle de estabilidade (ESP), estribos laterais, capota marítima, “santantonio”, protetor de caçamba, ganchos de reboque, e rodas de liga leve de 19 polegadas são os opcionais.
Na concessionária em que estive, a Amarok da foto era vendida por R$ 129 mil, inclusos o ágil de lançamento. Em anúncio oficial, a Volkswagen definiu em R$ 119.490 o preço inicial desta versão, sem opcionais. Se estiver interessado nela, aguarde no mínimo um mês, para que o furor de lançamento passe, já que a VW ainda faz suspense da picape na tv.
Impressões
Vamos às impressões! É uma picape que passa impressão de robustez - não é à toa que em faze de projeto era chamada de Robust -, e deve impôr respeito no trânsito. A traseira é discreta, mas os para-choques cromados dão um toque de elegância que não poderia faltar na versão top.
A abro a porta, suave, mas pesada como e toda a picape. E dou logo de cara com o "refinado" interior da Amarok. O interior só não é melhor porque faltaram plásticos emborrachados, mas mesmo sendo rígidos o material é muito bom e os encaixes são bem feitos.
O painel ainda se destaca pelas várias texturas e cores das peças, e pelo instrumentos de boa leitura. Quem se destaca no painel é o sistema de som com tela touch-screen e CD-Changer para 6 discos com MP3, Bluetooth, entradas auxiliares e seis auto-falantes. O ar-condicionado é automático digital.
A Amarok se mostrou bastante confortável. A posição de dirigir é muito boa, e o volante - o mesmo do Passat CC sem ser multifunção - tem regulagem de altura e profundidade (exclusividade no segmento). Quem vai atrás não tem o mesmo espaço para os joelhos que se tem em um sedã, mas os bancos são mais altos do que o normal (e podem ser levantados) rebatidos), fazendo com que o joelho fique alinhado com a bacia, uma posição mais confortável. Além disso, ela é mais larga que as concorrentes.
A caçamba é tem bom aproveitamento de espaço, e é a maior do segmento. Eu teria pena de colocar algo nela sem ela ter protetor de caçamba, um opcional que deveria ser de série. Ela suporta até 1.047kg de carga na caçamba.
Veredicto
Acredito que a Volkswagen encontre dificuldades no início para conquistar clientes. 1 - Pelo fato de ela, por enquanto só ser vendida em uma versão, e 2 - pela Volks não ter tradição em um segmento dominado pelas japonesas da Toyota e Mitsubishi. A grande parte dos consumidores, que compram picapes grandes para se impôr no trânsito e se amostrar para o vizinho, verão na Amarok uma boa opção aos sedãs. E os poucos que usarão ela para o trabalho, conhecerão uma picape robusta, forte e confortável.
Novas versões
Até 2011 chegam mais versões, Basis (com rodas de aço, para-choques pretos e menos equipamentos) e a Trendline (intermediária, com menos equipamentos e rodas menores, de liga-leve 16" ).
Ambas as versões trarão uma variação do motor 2.0 TDI com apenas um turbo e 122cv. Essas duas versões já estão disponíveis na Alemanha, e a Trendline na Argentina. No futuro haverá motor à gasolina e câmbio automático, e à partir daí ela estará pronta para ser líder do segmento, isso se as concorrentes não derem o troco até lá.