7 de nov. de 2010

Galeria: chineses começam a espalhar 'colônias' no Brasil

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As chinesas chamaram muita atenção no Salão do Automóvel de São Paulo, que se encerra daqui a 2 horas. Não pelo design de seus carros, não pelos preços, mas porque são… Chinesas.

Nomes como "Haima", "JAC", "Chana" e "Chery" chamavam atenção. É fato que muitos já soubessem que eram chinesas, mas os que desconheciam sua procedência ficavam curiosos pelos nomes que nunca estiveram presentes no Salão do Automóvel – pelo menos é o caso de algumas, e logo conheciam a fundo os novatos do mercado brasileiro.

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A Quatro Rodas de dezembro de 2005, na edição Top Ten, dizia que a China iria se tornar o maior fabricante de carros do mundo em pouco tempo. E hoje, o Brasil vê as montadoras da China entrando no mercado com uma maior expressividade, em meio a carros importados de mais diversos países, desde a Argentina até a Polônia.

Os preços também chamaram a atenção – parecem bons custo x benefício: completos e mais baratos que os populares. Será que eles são tão bondosos e os carros custam absurdos?

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Esta segunda frase é uma pura verdade, mas o motivo é a desvalorização do Yuan, moeda chinesa, medida tomada pelo governo da China para fazer com que os preços das exportações caíssem para que os produtos pudessem competir com os dos outros países.

Abaixo, segue a lista das montadoras que estiveram presentes no evento, suas atrações, quais realmente serão vendidos, preços, dados técnicos e, é claro, fotos dos stands.

Brilliance

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Uma das montadoras novatas no mercado brasileiro, a Brilliance pertence ao grupo CN Auto na China. A marca comercializará no Brasil 3 modelos inicialmente, sendo eles o hatch FRV, a variante fora de estrada FRV Cross e o sedan FSV. A marca pretende vender a perua Splendor, que foi exposta no Salão.

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Os preços partirão de R$ 55 mil, no caso do FRV Cross, que será equipado com um câmbio automático de 4 marchas e um motor 1.5 da Mitsubishi, que produz 104 cavalos. Já o sedan FSV custará algo em torno de R$ 70 mil, tendo o mesmo motor 1.5 da Mitsubishi. A perua Splendor chegará depois dos dois modelos, custando pelo menos R$ 75 mil.

Chana

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A Chana desembarcou no Brasil no ano de 2007, com a van Family. Ela estabeleceu seus modelos em 2008, com outros modelos comerciais. A marca trouxe ao salão os hatches Benni Mini e Benni, o sedan Alsvin, o Alsvin hatch e a van Star.

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O Benni Mini deverá chegar custando cerca de 29 mil reais, já equipado com airbags e ABS, concorrendo com os populares e mais barato que outros chineses. O motor será um 1.0 de 51 cavalos. Já o Benni será um pouco maior, custando R$ 32 mil, com os mesmos equipamentos, mas com um motor 1.3 de 63 cavalos. 

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Já o Alsvin hatch custará R$ 35 mil, tendo um motor 1.5 de 16 válvulas, que gera 75 cavalos. Este mesmo motor equipa o Alsvin sedan. Ambos são completos – ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos, airbags duplos, freios ABS e câmbio automático de 4 marchas –, e custarão R$ 35 mil e 40.000 reais, respectivamente.

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Chery

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Se era Tchéri ou Xéri, ninguém soube responder sobre a pronúncia. A principal atração da Chery não foi uma só. A montadora mais "chamativa" entre as chinesas, talvez pelo seu stand com o design limpo e simples, sua procedência desconhecida por muitos.

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"Nunca ouvi falar desta marca" era uma frase muito dita. Outros pediam informações sobre concessionárias. Não havia um modelo em destaque, exceto pelo sedan G5. O hatch QQ chamou atenção pelo seu tamanho, e por lembrar bastante um Pokémon. Seu preço será em torno de R$ 23.900, já com equipamentos de segurança como ABS e airbags. Compete com populares, custando quase o mesmo que um Celta e um Clio - básicos.

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Dos modelos que ainda não foram lançados e foram expostos no Salão, estão o compacto S18 – que será produzido no Brasil, o sedan G5, Tiggo automático o hatch Fulwin 2, o sedan Fulwin 2 e o crossover S18D. 

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Cielo, Cielo Sedan, Face e Tiggo permanecem sem alterações, exceto o Tiggo, que ganhou a versão automática. O próximo modelo a ser lançado deverá ser o QQ, mas com uma incógnita: se terá motor flex quando for lançado. É melhor lançar logo após uma elaboração eficiente de um motor flex.

CN Auto

A CN Auto participou do Salão do Automóvel de 2008, e comercializa atualmente veículos comerciais, como a Towner e Topic. Do outro lado do mundo, elas tem nomes e marcas diferentes. Aqui no Brasil, o grupo CN Auto virou montadora.

No Salão do Automóvel deste ano, a marca também expôs seus modelos utilitários, porém, introduziu a marca Brilliance, conforme você pôde verificar no início deste texto.

Effa

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A Effa deu pouca atenção para os veículos de passeio – o M100 destoava em meio a tantos utilitários. A marca parece apostar nos modelos de baixo custo. De novidades, estavam alguns veículos comerciais e a picape média Plutus.

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O M100 já foi apresentado ao público como "produzido pela Suzuki", medida tomada pela própria montadora japonesa para acrescentar qualidade ao veículo. Agora, o M100 custa R$ 25 mil, já completo, assim como a maioria dos chineses. Já a picape Plutus vem para brigar com as picapes médias. Não há preços definidos.

Haima

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A marca terá apenas 4 modelos a venda no Brasil. Um deles é o compacto Haima 2, que poderá ser equipado por um motor 1.3 ou 1.5. Seu preço deverá ficar em torno de 30 mil reais. Já o Haima 3 HB custará um pouco mais, tendo opções de motor 1.6 (com câmbio manual) ou 1.8 (câmbio automático).

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A versão sedan do Haima 3 contará com um motor 1.8, podendo ter o câmbio manual ou automático. Já o utilitário esportivo Haima 7 terá um motor 2.0 de 16 válvulas VVT, que gera 150 cavalos. 

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JAC

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A JAC é a montadora chinesa menos chinesa do Salão. Com o perdão do trocadilho, explicamos. Esta é a montadora que o ex-presidente da Citroën Brasil, Sergio Habib, trará ao mercado brasileiro. Seus modelos partirão de R$ 37.900, com o hatch J3. Fica chato, mas repetiremos. Assim como os outros modelos chineses, o J3 (e os outros modelos da marca) serão equipados com airbags e freios ABS.

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Já o J3 Turin, o sedan, custará R$ 39.900. Ambos serão equipados com um motor 1.4 de 16 válvulas que gera 108 cavalos. O sedan médio J5 custará R$ 53.900, e, em relação ao J3, terá a mais retrovisor interno antiofuscante e um motor 1.5 que gera 106 cavalos. Uma unidade híbrida do modelo foi exposta. O compacto J2 esteve presente, mas estava trancado, pois ainda não foi adaptado ao consumidor brasileiro. É, o cliente sempre tem razão… 

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Já a minivan J6 terá duas versões: uma com cinco e outra com sete lugares, custando, respectivamente, R$ 55.900 e R$ 57.900. Assim como os outros modelos, a minivan começará a ser vendida em março.

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Lifan

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A Lifan foi exposta junto da Effa. É a montadora "premium", com modelos mais sofisticados. A marca já vende alguns carros em terras tupiniquins. Um deles é o Lifan 620, um sedan compacto que custa R$ 39.990.

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Já o hatch 320 é uma cópia do Mini Cooper que, ironicamente, compete com os carros populares, custando R$ 29.900. A chinesa expôs também o hatch 320, que deverá concorrer com Punto e C3, e que deverá ser lançado no ano que vem, e o Lifan SUV. A Minivan também foi exposta, sendo uma mistura de veículo comercial com van para passageiros.

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MG

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Erramos ao dizer que a JAC era a marca chinesa menos chinesa do salão. A MG, que já foi inglesa, passou por uma transformação oriental após ser comprada por uma marca chinesa, mas permanece com o espírito inglês. Seu design não remete mais ao seu país de origem.

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Os modelos da marca que serão vendidos no Brasil serão todos de luxo, custando entre 60 mil e 90 mil. Os modelos são o 550, MG 6 e o 750 Turbo. Atualmente, somente o 990 é vendido no Brasil. A maioria dos modelos deverão ser lançados posteriormente.

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Fotos | Henrique Rodriguez