O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira a prorrogação do desconto de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis até 31 de outubro, como parte de uma série de medidas econômicas para continuar o processo de estímulo ao consumo no País, e atendendo ao pedido do setor automotivo. O IPI reduzido vigorava desde 21 de maio e encerraria nesta sexta-feira, 31.
Segundo o ministro, os preços dos veículos ao consumidor têm caído, o que "inclusive ajuda a inflação". Com a medida a indústria automobilística ainda se compromete a manter o nível de empregos e a repassar a redução da tributação ao consumidor.
Mantega afirmou que o governo acompanha com atenção os preços de mercado, nos casos de produtos que gozam algum tipo de subsídio fiscal, e que nos últimos seis meses os preços dos automóveis estão em média 4,5% mais baratos, e que o governo continuará a adotar medidas para a redução de custos esperando que "um dia os brasileiros tenham oportunidade de pagar aqui preços equivalentes aos cobrados lá fora".
Automóveis de até 1000cc tem redução da alíquota de IPI de 37% para 30%, mas no caso de fabricantes que satisfazem as exigências do governo, a alíquota de 7% foi zerada. Para os que possuem entre 1000cc e 2000cc o IPI cai de 41% para 35,6% no caso de carros flex, e de 46% para 36,5% para os que não estão no regime. Os que enquadram terão uma queda de 11%, para 6,5% sendo flex ou não.
Para utilitários, o IPI cai de 34% para 31%, no caso dos veículos fora do regime automotivo, e de 4% para 1% para aqueles que integram o regime. Segundo Mantega, a renúncia fiscal estimada é de R$ 1,2 bilhão.