O Honda NSX foi um ícone entre os esportivos mundiais. Também vendido sob a submarca Acura, ele tinha um design marcante, principalmente pelos faróis escamoteáveis na dianteira (até 2002, quando ganhou faróis comuns) e a lanterna traseira, que se estendia por boa parte da traseira e acompanhava a linha do aerofólio. Construído para gerar o máximo possível de potência e usufruir da mesma – como um Gran Turismo 5 em relação a um PS3, o modelo foi lançado em 1990 e saiu de linha em 2005. Apesar disso, os fãs tiveram uma grata notícia: ele vai voltar, e já está exposto no Salão de Detroit.
Os projetos de um novo NSX datam dos anos seguintes ao fim de produção, mas a crise econômica que iniciou-se em 2008 acabou por abalar a viabilidade do projeto. Por isso, a Honda preferiu não lançá-lo e reverter os fundos em projetos de veículos híbridos e de outros modelos, mesmo que o projeto estivesse praticamente pronto.
Agora, com a indústria automobilística em alta, a Honda decidiu buscar um novo modelo para ser o topo de linha de sua gama. Ela optou por não utilizar o modelo anterior por não estar de acordo com o seu propósito atual e, por isso, eles buscaram um outro substituto. O resultado é o conceito exibido em Detroit e, apesar de lembrar um Audi, mostra que a Honda fez um bom trabalho.
Seu design remete aos modelos atuais da Honda, principalmente o Civic, Insight e entre outros em relação aos faróis, enquanto as linhas do para-choque lembram as dos sedans grandes da marca, como o Civic, mas amplamente rebuscadas em relação a eles. A traseira é bem diferente do NSX original, que remetia um pouco às linhas da traseira da F40. Agora, acopla-se ao porta-malas sem a presença de ângulos retos ou de um enorme aerofólio. Este último está bem mais discreto que o NSX de 20 anos atrás. A ligação entre as lanternas foi mantida.
Sua motorização definitiva é desconhecida, como na maioria dos conceitos, mas sabe-se que será um V6 transversal, seguindo o exemplo de seu antecessor. A caixa de marchas terá 12 velocidades, que trabalhará em conjunto com o motor V6 e um motor de assistência elétrica inédito. Será, portanto, um esportivo híbrido. Haverá também dois motores elétricos auxiliares no eixo dianteiro.
A inclusão desses motores promete, de acordo com a Honda, melhorar sua performance e igualar seu desempenho a qualquer superesportivo. Nada melhor para o substituto de um ícone: aprimorá-lo e torná-lo razoavelmente ecológico. Not bad, Honda! Sua versão final deverá começar a ser produzida dentro de dois anos, um prazo comum tratando-se de conceitos “lapidados” para a produção.