29 de jun. de 2011

As curvas...

Por Renato Passos
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É uma perigosa sedução. E isso independe de gênero, número ou idade. E o pior, são duas as formas das curvas que seduzem a nós. Curvas fazendo curvas. E o feioso dirigindo infelizmente não sou eu. A máquina? Jaguar XJ13.

Impressionam-nos de forma semelhante a Eau Rouge de Spa Francorchamps e os paralamas de um Corvette C3. Que dizer da Aremberg de Nurburgring e a silhueta de um 911? E juro que nem vou dizer sobre a Parabólica de Monza e a Ferrari 250 GTO.

As curvas nos encantam. Nos carros e nas pistas. Parado ou andando, quiçá pilotando. Que me desculpem os amantes dos Drag Racing (que até gosto das preparações fortíssimas), assim como o amante das linhas sem-graças das banheiras americanas e alguns europeus e japoneses dos anos 70 e 80. Mas as curvas são muito mais chamativas.

Tal constatação se deu enquanto viajava pela BR 381, vulgo Rodovia da Morte. Perigosa, sim. Entretanto, com prudência, perícia e mais prudência, torna-se uma viagem muito agradável aos olhos, e de forma semelhante às mãos se a máquina conduzida ajudar. Nisso, meu fiel e temperamental hatch bom de curva e de motor pujante ajuda muito no trabalho de seu almirante no meio do mar de morros de Minas.

Portanto, companheiro, viaje. E, se necessário, utilize os cantos vivos, as quinas, as retas. É possível.

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A felicidade pode estar em um Honda NSX com mais ângulos que um origami perdido em uma estrada alpina. Independente do que estamos pilotando, certifique-se do potencial da sua máquina. Bom chassis, motor elástico, freios potentes. Se estiver ok, até mesmo um paralelepípedo como um Renault 21 Turbo servirá para dançar nas estradinhas do sul da Itália.

Ah, o desenho. A sombra de um Citroen DS, as suaves curvas de um Lotus Elise, a ligeireza de um Alpine A110. Realmente, como as curvas também combinam com suas semelhantes. Cai por terra a teoria do que os opostos se atraem, talvez.

Afinal, o sorriso não me parece nada reto, né?