7 de dez. de 2009

CAOA pode trocar Hyundai pela chinesa BYD

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O dono da importadora oficial da Hyundai e Subaru, Carlos Alberto de Oliveira Andrade (CAOA), pode estar para se separar da Hyundai para se juntar à chinesa BYD, podendo no futuro passar a fabricar carros da marca no Brasil.

Acontece que a própria Hyundai está construindo com seu próprio capital uma fábrica em Piracicaba (SP) onde produzirá um sedan compacto inédito, que ela está desenvolvendo. Carlos Alberto possui uma fábrica própria em Anápolis (GO), onde produz em regime de CDK (em que o carro chega desmontado da Coréia para ser montado aqui) o utilitário HR e em breve também começará a montar o Tucson.

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Sua preocupação é que a Hyundai chegue ao Brasil de forma oficial, tirando da CAOA o direito da importação, como fez a Renault com ele em 1995, quando a a Renault era a quinta maior em vendas no Brasil. Os carros da Hyundai estão “na moda”. O Tucson só perde em vendas para o Ford EcoSport, e o i30 já é o hatch médio mais vendido, à frente do Chevrolet Astra. A construção da fábrica no país mostra que a matriz quer tirar proveito desse sucesso.

É para não perder mercado, Carlos Alberto está negociando a representação no Brasil da marca chinesa BYD (Build Your Dreams, ou Construa seus Sonhos, em português), montadora que pretende ser a maior do mundo em 15 anos,. Ele foi convidado pelo dono da marca, Wang Chuanfu, o homem mais rico da china, para ir à China junto com um engenheiro testar os carros da marca e analisar quais seriam interessantes para o Brasil. 

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Um dos modelos que ele irá conhecer é o F3 (um clone da geração anterior do Corolla) equipado com motor 1.5 e que, na China, é vendido por cerca de R$ 20 mil. Mas a grande arma da BYD é o E6, um elétrico capaz de rodar 330km por carga e que será muito mais barato do que as outras opções do mercado, graças ao domínio da BYD na tecnologia de produção de baterias de lítio, não só para ela como para outras empresas (a bateria do meu mp3 é feita por ela…).

Carlos Alberto quer voltar ao Brasil com um protocolo de intenções, que estabeleça uma parceria entre as duas partes, para abrir aqui uma fábrica da montadora chinesa, com investimento de ambas as partes, no Brasil, sem proporções definidas.

Fonte | Exame