Foi com muito receio que a Honda mexeu no CR-V, hoje um de seus produtos de maior sucesso. Com 15 anos de existência ele chega à quarta geração talmente renovado e evoluído, trazendo tecnologias estreadas pelo Civic e uma nova versão de entrada, com câmbio manual de seis velocidades.
No design ele perdeu ares musculosos e ganhou expressão. A dianteira exibe capô, para-choque e farol praticamente integrados. A traseira ficou mais alta, com lanternas maiores. No fim das contas, ela parece maior do que era. Ele ficou maior? Não. Com 4,53 m de comprimento ele está 4,5 cm mais curto, mas manteve o entreeixos de 2,62 m. Ainda que esteja 4 cm mais baixa, com 1,65 m de altura, o interior está mais amplo devido à reorganização do posicionamento dos bancos. Assim, mesmo que a largura tenha se mantido em 1,82 m o porta-malas cresceu 30L, para os 589 litros.
Ele continua vindo do México em duas versões, LX 4×2 e EXL 4×4, sendo que agora a versão LX também está disponível com transmissão manual de seis marcha, que custa a partir de R$ 84.700. Com a automática de 5 velocidades sobe para R$ 87.900. A versão topo de linha EXL 4×4 automática custa R$ 103.200.
Entre as novidades está o sistema i-MID (intelligent Multi-Information Display), que exibe em uma tela de LCD diversas informações do computador de bordo, e no caso da versão LX, imagem da câmera de ré e informações do sistemas de áudio Ela ainda serve como interface para customização do veículo. Na versão EXL há uma tela de LCD logo abaixo que exibe imagens da câmera de ré e de navegação, além de incorporar conectividade bluetooth.
Há também o botão ECON, que ativa e desativa a função de assistência à condução econômica. Ele interfere na injeção, no funcionamento do ar condicionado, no cruise control e no quadro de instrumentos.
A versão EXL ainda incorpora faróis de neblina, teto solar elétrico, sensor de chuva, acabamento do volante, detalhes de portas e bancos em couro, brake-light com iluminação em led, para-choques com refletores e sistema MA-EPS (sigla para Direção Elétrica Adaptável ao Movimento), que atua em conjunto com a tecnologia VSA (Vehicle Stability Assist), deixando o volante mais rígido, caso o motorista tente movimentar o volante de forma que provoque instabilidade.
Airbags, freio ABS com EBD e sistema HSA (Hill Start Assist), que segura o freio até três segundos depois que o motorista tira o pé do pedal de freio em aclives, são de série nas duas versões.
Apesar de não ter se tornado flex (o que é muito bom) o propulsor de 2.0l, de 4 cilindros e 16 válvulas i-VTEC passa a desenvolver 155 cv de potência (a geração anterior tinha 150 cv) a 6.500 rpm e torque de 19,4 kgf.m a 4.300 rpm. O motor passou por melhorias no mapeamento da injeção e recebeu componentes de baixo atrito. Desta forma está mais econômico e a força está mais acessível em baixas rotações.