Apresentado pela primeira vez no Brasil no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro do ano passado, o Kia Soul finalmente é lançado por aqui. Ele já está nas concessionárias da marca desde o início do mês. Fabricado em Gwangiu, na Coreia do Sul, o modelo chega em cinco versões de acabamento — três com câmbio manual e duas automáticas.
Em todas as versões, o Soul chega com a mesma motorização. Debaixo do capô, a unidade 1.6 litro 16V de 124cv (lá fora existe ainda uma opção 2.0 l), com gasolina, esse motor faz 11 km/l, na cidade, e 13 km/l, na estrada . Mas segundo José Luiz Gandini, presidente da Kia do Brasil, disse que o motor flex já está sendo homologado, para equipa-lo já no ano que vem. A Sportage, o Picanto e o novo Cerato (que ainda deve chegar nesse ano usando o mesmo motor do Soul) também deverão ganhar propulsor bicombustível em 2010.
Dono de um desenho pouco comum, onde se destacam as linhas retas, e, por isso mesmo, capaz de chamar bastante a atenção dos transeuntes, a versão de entrada do Soul desembarca com câmbio manual de cinco marchas e custa R$ 51.490. Por esse preço ele traz de série ar-condicionado, direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores elétricos, airbags frontais e freios ABS.
Além da versão de entrada, há ainda outras duas opções com a mesma transmissão manual. A intermediária sai a R$ 55,9 mil, enquanto que a top custa R$ 59,9 mil. O preço mais elevado da última se deve ao fato de vir equipada com uma câmera na traseira, que transmite imagem para o visor de LCD, localizado em seu retrovisor interno, imagens da traseira, ajudando nas manobras. As rodas são de liga-leve de 18 polegadas.
A câmera traseira também está presente na versão top de linha com câmbio automático de quatro velocidades, que custará R$ 64,9 mil. Há também a versão automática de entrada, que sai a R$ 60,9 mil. Ambas, contudo, tem o mesmo pacote de equipamentos de série presentes nas versões manuais. Mas com uma grande oferta de opcionais, como ar-condicionado digital, teto solar, bancos em couro com sistema de aquecimento e CD Player com MP3 e entrada USB.
Se o design externo foge do usual, por dentro não podia ser diferente. O acabamento é de qualidade, e o espaço e bem aproveitado. No painel quem manda é o som, com uma sofisticação nunca antes vista em um Kia. No meio de seu painel, que parece "flutuar", encontra-se um subwoofer. Além dos controles do ar condicionado e do porta-objetos.
Com dimensões próximas do Fiat Stilo e garantia é de 5 anos ou 100 mil quilômetros, os executivos da Kia e seus distribuidores estão confiantes no sucesso do modelo, que segundo eles "não tem um segmento definido". Mas ele deverá atrair clientes por seu espaço interno e qualidade de acabamento.
A Kia aposta na venda de 600 unidades por mês. E se ele emplacar no mercado, ele poderá fazer com que o construção da fábrica da marca no Brasil seja retomada, vindo ser feito aqui. Agora, se é bonito ou não, isso depende do cliente...