16 de set. de 2011

IPI: JAC Motors não reajustará os preços de seus modelos

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[As informações estão desencontradas. Algumas fontes apontam que a JAC não aumentará os preços até o estoque atual acabar, e outras dizem que isso só vale para 30 dias]

Hoje o clima ficou um tanto hostil entre as montadoras participantes da Abeiva  (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) e os da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos). Muito se falou na imprensa, e a Abeiva realizou uma coletiva no fim da tarde de hoje. O assunto está nos Trending Topics do Twiter.

Mas, se o objetivo da medida que aumenta o IPI dos veículos em trinta pontos percentuais era conter o avanço dos importados, principalmente os chineses, a JAC Motors anunciou que manterá os preços atuais de seus modelos,  bem como a garantia de seis anos, e os planos para a construção de uma fábrica no Brasil até 2014 (embora  tenha sido dificultada).

Em comunicado oficial, a montadora informa que o aumento do IPI para os carros importados significa, na realidade, um aumento de 230% sobre a alíquota atual, e que o novo imposto equivale a um Imposto de Importação de 85% para todos os veículos que vêm de fora do Mercosul e do México. De acordo com as regras da OMC (Organização Mundial de Comércio), o teto para alíquotas de importação de automóveis é de 35%.

Segundo a nota, a função do IPI na cadeia tributária brasileira não é regular comércio exterior. “Essa medida protecionista do Governo é ainda mais severa do que a mudança de alíquota de importação em 1995, quando subiu de 32% para 70%.  Naquele ano, o PIB do Brasil foi de US$ 800 bilhões, com déficit de balança comercial e alta dívida externa, além do nosso País contar com poucas reservas cambiais. Esse cenário é exatamente o oposto do que ocorre hoje: o PIB brasileiro foi de US$ 2,1 trilhões (maior que o da Itália), o Brasil possui superávit comercial (principalmente com a China) e não tem dívida externa. Além disso, como se sabe, hoje é credor internacional.”

“Com apenas 1% de participação nas vendas de automóveis no Brasil, a JAC Motors atuou como regulador de preços dos automóveis nacionais, conforme confirmado por inúmeras reportagens que trataram as reduções de preços de modelos produzidos por multinacionais instaladas no País. Todas as marcas chinesas somadas representam 2,5% do mercado nacional. Portanto, não há uma invasão chinesa no mercado brasileiro de automóveis."

Com informações do Carsale

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