Por Thiago Ramos
Nos mais diversos bate-papos do país "rs" remete-se a `risos`. A Audi depreende como rápido e safo. É o jeito alemão de expressar esportividade. A relação do símbolo da generosa grade de ventilação da série RS não só comunica-se pelo conteúdo. É curioso notar a mistura dos sorrisos ao perceber-se seu desfile a linha da Audi por uma das felizardas vias-passarelas do Brasil.
O RS3 é lindo. Citar que o carro possui um sistema regenerativo de recuperação de energia quando o mesmo desacelera é banal. Insinuar o sistema eletrônico de estabilidade idem. Os bancos (semi-conchas, logicamente) são excelentemente acabados em costura vermelha. Do que resta é a ecologia: emissão de 212g de dióxido de carbono por km rodado. Por mais, é uma linda caixa de 2.5L TFSI com 5 cilindros. Na balança ele fica pelos 1650kg.
Impressiona mesmo: 0-100km/h em 4,6 segundos e 450 Nm de torque com 340cv de potência é de mostrar os dentes de orelha a orelha. Com tração Quattro e velocidade máxima de 250km/h (limitada eletronicamente, é claro), o Sportback da Audi conseguiu bem - muito bem - representar a Alemanha e as suas quatro argolas emaranhadas.
Sobre o cupê RS5: é bem violento. 450cv a 8200rpm e torque de quase 44 kgfm a 4000 rpm surgem de um V8 4.2L 32V. Magnífico. São 1800kg. Entretanto o foco é conforto. O conforto e agilidade, corrigindo. De forma eletrônica o RS é neutralizado nos 280km/h. Vai da inércia aos 100 do velocímetro em 4,6 segundos. Números esses bem similares ao do seu irmão menor. Porém não se subestima uma genuína Top Audi série 5 em comparação direta com o caçula.
O RS5 drasticamente aumenta a facilidade em condução com seu sistema de gerenciamento “Audi Dynamic Ride Control”. É possível ajustar transmissão, direção, suspensão e até a resposta do acelerador! Itens de segurança também são estimados. O Airbag de Cortina, o ESP, o ABS, o controle de cruzeiro, o indicador de pressão dos pneus e o freio de estacionamento eletromecânico são meros exemplos dos mimos germânicos. Em conjunto, por fim, esses equipamentos produzem verdadeiros milagres em alta velocidade. Tanto em salvamento de vidas, quanto em dirigibilidade.
Quando duas letras se repetem em forma de cruz logo minha memória acusa: TT. Audi TT 2.0 Turbo. Agora imagine o Roadster em uma curva. La no alto do desfiladeiro. Mas seguro. Montanhas todas esverdeadas do capim fresco. Apenas a companhia do brisa enquanto escolhe-se sem pressa uma estação preferida do radio.
Essa é a risada que brota da boca sem querer. Esse é o Audi TT RS 2.5 turbocharged TFSI. São 340 cavalos no total e com torque máximo de 45,88 kgfm já disponíveis a partir de 1.600 rpm. A agulha do ponteiro de velocidade toca a centena na faixa dos 4,3 segundos. A velocidade máxima, como era de se supor ,é travada eletronicamente na casa dos 250km/h. Fora isso a novidade do modelo é a construção grande parte da beldade ser feita em alumínio e chapa de aço para atingir os incríveis míseros 4,5kg/cv do esportivo.
Por mais, a suspensão esportiva rebaixa a carroceria do veículo em 10 milímetros, e o "Audi Magnetic Ride" modifica os amortecedores, de acordo com a situação de condução e preferência do motorista, como informa a montadora. Interessante.
Em um apanhado de felicidade, risos e sorrisos, o RS3 tem o custo em torno de 298.000,00 reais. Já o RS5 pelos uns 435.000,00 reais. E, para arrematar todas as graças e sacudir-me em simples e mero admirador das obras germânicas: 419.000,00 reais é a importância monetária cobrada pela dupla de 'T`' que tanto habita meus sonhos. Isso, de verdade, não foi nada feliz.
Os valores me obrigam a pensar que, um tão humilde A1 daria me a chance de suprir quase todo esse recado. Pois perambular por esses vai e vem onde motoristas agridem-se, colidem com frequência e muito cortam-se um aos outros pela pressa. Finda-se em resultar na marcação de 0-20km/h no mesmo engarrafamento que outros Audi`s, BMW`s ou Mercedes poderiam estar.
Um Sport de motor 1.4 TFSI muito faria bem ao gosto. 185cv transbordando poder. Ele não poupa torque logo em suas duas mil rotações. Tem o turbo, o compressor. Sorrateiro. Entretanto não atrasa em obedecer ao sinal do acelerador. Colamos no banco, sim!
O Audi A1 Spot tem status e força. Sangue alemão. Todavia nesse caso, apesar de todos os seus números e gentilezas do destino, seu preço é palatável. São aparentes grandes 109.900 reais que encolhem-se quando deparamo-nos com o ESP. Que inclui um bloqueio eletrônico do diferencial (EDS) com um sistema de vetorização de torque, que visa melhorar a dirigibilidade, principalmente nas curvas: se uma das rodas fica sem atrito quando o veículo está sendo dirigido no limite, o sistema desacelera um pouco aquela roda para evitar que ela derrape, redistribuindo o torque.
Há ainda air bag dianteiro frontal, lateral e de cabeça dianteiro e traseiro; cinto de segurança com sensor de afivelamento; sensor de luz e de chuva; e espelho retrovisor interno com função anti-ofuscamento automático.
As rodas são de 17 polegadas (com pneus 215/40). O arco da pintura, na cor do veículo. Os retrovisores externos eletricamente ajustáveis e com capa na cor do veículo. Os faróis bixenônio (com luzes diurnas em LED) e lanternas traseiras também com LEDs, além de luz de neblina traseira. Os faróis têm ajuste automático de altura, o para-brisa possui faixa cinza de bloqueio solar e os vidros laterais e traseiro vêm com isolante térmico.
Para a última carta da mesa: os dados acima expostos são de um carrinho portador de uma aceleração de 0 a 100km/h de 6,9 segundos. A velocidade máxima é de 227 km/h e o máximo torque é de 250 Nm, disponível entre 2.000 e 4.500 rpm.
Em uma breve análise pessoal, aceito que, mesmo quando não me permitem trocadilhos sobre risadas (rs) e Racing Sport (RS), a Audi consegue me obrigar a apresentar meu singelo esboço de graça de canto de boca em um simples modelo de entrada de sua linha de produção.