Compacto será lançado no Brasil prestes a mudar na China
Desde sua primeira aparição no Brasil, no Salão do Automóvel de 2010, o Chery Celer (àquela altura ainda chamado Fulwin2) teve seu lançamento adiado quatro ou cinco vezes. A última foi este mês. Ao invés de ser na próxima semana, encerrando a temporada de lançamentos, o lançamento foi adiado para meados de janeiro ou fevereiro de 2013. Pior é que o modelo acaba de ser reestilizado na China, onde é fabricado e vendido desde 2009.
Segundo declaração dada há alguns meses pelo vice-presidente da Chery no Brasil, Luís Curi, não fosse o aumento do IPI para importados, o Chery Celer teria sido lançado em janeiro último por aqui. Se tivesse sido desta forma, o compacto seguiria inalterado por pouco mais de um ano. Mas, do que adianta, após tanto atraso, lançar um carro que muda dentro poucos meses?
De duas, uma. Como o Celer será o primeiro modelo fabricado na nova planta da marca, que está sendo construída em Jacareí e entra em operação dentro de um ano, poderá adotar o devido facelift quando nacional. Ou não. O maquinário aposentado na fábrica chinesa pode ser despachado para Jacareí e continuar em uso por aqui, e assim o Celer continuaria com cara velha por aqui. Seria feio.
É apenas suposição. Se a Chery realmente busca a confiança do brasileiro, não tomará atitudes iguais às das grandes fabricantes, que às vezes não devem ser tomadas como exemplo.
O Chery Celer será vendido nas carrocerias hatch e sedã, sempre equipados com um motor 1.5 flex de 111/116 cv (gasolina/etanol, respectivamente). O propulsor foi projetado pela Magneti Marelli. Como todo chinês (confiável), virá com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos, freios ABS e airbag duplo, tudo de série. Preços deverão girar em torno dos R$ 35 mil.