Logo depois do presidente da Volkswagen do Brasil anunciar o fim da Kombi, outra antiga debutante da marca alemã parece ter dado adeus. A Parati, perua derivada do Gol e lançada em 1982, não consta mais no site da marca. Algumas publicações já haviam cantado a bola de que a perua havia sumido das concessionárias, embora outras tenham suposto que ela teria se tornado um modelo exclusivo para frotistas. As últimas modificações vieram no início do ano, quando a Parati ganhou alguns adereços estéticos e algumas mudanças no interior.
A Volkswagen ainda não se pronunciou oficialmente sobre o fim da Parati, mas esse fato já era esperado – mais do que o próprio fim da Kombi. Acompanhando a ideologia da marca de parar de produzir carros antiquados, em especial nos mercados emergentes, a perua foi a próxima da lista no Brasil. Estagnada, sua última reestilização foi em 2004, quando a linha G4 do Gol foi apresentada. Perdeu espaço para a SpaceFox, lançada em 2007, mas sofreu mesmo quando a perua Fox foi remodelada em 2010, tornando-se mais moderna e atraente – inclusive no preço.
Cara, com preços partindo de R$ 40 mil, tinha o mesmo acabamento do Gol G4, modelo de entrada da marca, enquanto o Gol já estava na Geração 5. Já a SpaceFox tinha o acabamento mais refinado do Fox reestilizado. A Parati ainda era a preferida dos frotistas pela sua robustez, mas nem seu slogan de “station mais jovem do Brasil” (sic) foi capaz de ajudar a imagem do modelo.
Pelo visto, a Parati não pôde seguir a imortalidade da cidade que a nomeou. Entretanto, cumpriu bem sua missão. Adquiriu boa imagem nos anos 1980 devido a sua esportividade, e resistiu a 30 anos de vendas. Não é para qualquer carro. Só perde para a Kombi e para o Gol em longevidade. Esperamos, então, que a Volkswagen volte um dia com uma possível Parati G6 (como fez com o Voyage em 2008), apelando para a esportividade, enquanto a SpaceFox apostaria na casualidade. Então, é bom finalizar o texto não com um adeus Parati, mas sim um até logo.